11/12/2009

Palavras Belas

Agora sou eu quem precisa delas,

Escreve-me tu palavras belas

Para cantar como os loiros canários

E sem temores de velhos vigários

Vagabundear por aí sem rei nem rima,

Luzindo nos olhos a tua estima,

Fisgando com gosto os teus caracóis

Na preguiça esticada de mil pôr de Sóis.

Vale batota e trunfo na manga,

Vende-me duas ou três ilusões,

Valsa-me a música duma charanga

Com que se embalam ébrias paixões.

Toma às estrelas a luz emprestada,

Devolvendo-me o brilho da alma lavada.

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