11/23/2009

Só como um cão, como um pobre,
Sem nada que esperar da sorte,
Nem mais fraco, nem mais forte,
Não sendo vilão, tampouco nobre,
Simplesmente só.

Só isolado sozinho,
Só restando quedo na concha,
Sem pecado, fardo ou espinho,
Somente nu sem outro desalinho.
Só simplesmente.

Só lido, não sólido como esponja.
Seguramente assertivo e sem lisonja
Poderei soletrar o meu abecedário:
Satisfatoriamente sadio e sábio…
E só!

Socorro? Não. Sacudo! Quero estar a sós.
Pois quando se apaga a noite na madrugada,
Quando não há mais fio, novelo ou meada,
Escuto enfim, bem dentro de mim, o timbre da tua voz.

3 comentários:

Patrícia Soares disse...

Olá!
Já tinha ouvido falar do teu blog, a verdade é que só hoje depois de uma noticia no jornal o metro resolvi entrar...
E assim recordar o que comigo se passa, também tenho um grande amor que perdi o rasto, vivemos na mesma cidade.
Cidade essa que se torna gigante para os dois...
Na mesma altura pelo que sei fomos pais, construimos vida, mas mesmo assim eu continuo a pensar nele, e a ultima vez que os nossos olhares se trocaram, consegui ainda passado 10anos ver aquela magia, aquele olhar que era só nosso.
Não desistas de lutar, porque eu lá no fundo também não deixei.
Beijinhos
Patrícia

Anónimo disse...

voces são mulheres de corajem.tb queria ser assim

Pedro disse...

Apenas luto pela mulher que amo. Simplesmente não me resigno e tento cumprir os meus sonhos. creio que se todos lutássemos pelos nossos sonhos, o país também não estava como está: é demasiado fácil desistir de tudo. Não vou fâze-lo!