Escreve ao invés “jamais", "impossível”
e não cedas ao sonho margem credível,
quebrando-me agora as minhas algemas,
derruba dum sopro os difíceis dilemas.
Dá tu o passo que não posso dar,
mostra-me o Mundo sem nada ocultar,
abre-me os olhos, limpa-me ouvidos,
liberta-me todos os cinco sentidos.
Sem hesitar rasga já o biombo,
força, coragem! Suporto eu o tombo,
as nódoas negras, mossas ou escoriações
e todos os danos chamados de colaterais:
Não será tão duro que se rezem missais
no solene enterro de tão magras ilusões.
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