1/04/2010

Bolas de Sabão

Eu sopro bolas de sabão

À janela do meu quarto:

“De ti já não me aparto”

- Borbulha o meu coração.

Sopro as bolas de sabão

Mas elas não cruzam o mar…

Rebentam a lacrimejar

Como soluços dum Verão.

À janela do meu quarto

Mal padeço sem ter cura,

Cruz às costas eu acarto,

Choro vagas de ternura:

Pulsam como um coração

As minhas bolas de sabão.

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