Eu sopro bolas de sabão
À janela do meu quarto:
“De ti já não me aparto”
- Borbulha o meu coração.
Sopro as bolas de sabão
Mas elas não cruzam o mar…
Rebentam a lacrimejar
Como soluços dum Verão.
À janela do meu quarto
Mal padeço sem ter cura,
Cruz às costas eu acarto,
Choro vagas de ternura:
Pulsam como um coração
As minhas bolas de sabão.
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