És querida o meu Breton...
Mais fogosa que
Rubro, rouge e escarlate,
Desses que tu nunca usas
Pra imitar plásticas musas
Que pousando, julgam arte,
As vaidades alabastrinas
Com que entopem as latrinas:
São fogo-fátuo e fraco néon
De revistas “cor-de-rosa”
Com que publicista ousa
A nós todos impor tom.
És tu a revolução surrealista,
És o corte epistemológico,
Digital e analógico,
Iconoclasta e simbolista:
Mais concreta que o betão,
Só a utópica ilusão
Com que pregam os teus olhos,
Tua fé e os meus sonhos
- São apóstolos risonhos
Dessa maré que vindo, enchendo,
Nos invade as fortalezas
Daquela areia granulada, nada fina,
Com que erguemos pela manhã
Em pueril descontracção,
As muralhas destinadas
A barrar o mar, as leis da física,
Mais os astros em rotação.
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