3/01/2010

Marionetas do Horóscopo 8


Estava lá toda a nossa ópera bufa: desde a capacidade de comunicação inata das Virgens e Gémeos, ao criticismo das primeiras e à superficialidade dos segundos… De como nós, as Virgens, buscávamos segurança e os Gémeos procuravam a novidade incessante, de como a Virgem era potencialmente solitária e os Gémeos gregários… Como nós nos recolhíamos na concha e eles só queriam pintar a manta. Pensando bem, pensavam muito: umas e outros passavam a vida a pensar, mas enquanto uns multiplicavam, as outras dividiam. Os Gémeos construíam castelos no ar e as Virgens utilizavam os seus poderes mentais para desmanchar prazeres e pôr certa ordem no mundo – preferencialmente não lho pedindo este, como sucede com as tias solteironas. E por falar em amarguradas… As estrelas determinavam que as Virgens, insuportáveis rabugentas, - provavelmente por serem-no - tendiam a padecer de problemas de nervos, múltiplas úlceras e dores de estômago para todo o sempre. E se eu tomasse a decisão de deixar de beber também não seria mau de todo…


Num aspecto, a minha experiência pessoal amplamente comprovava o que asseguravam os compêndios: existiam, de facto, duas dentro duma só pessoa. E essa história da dualidade dava-me comichão: dois, sempre a dobrar! Gémeos cultivavam tudo em duplicado: personalidades, estados de alma, trabalhos, hobbies, estudos, leituras, filhos, animais de estimação, amantes, porra, pá! Estava de caras o que significava “Vénus em Gémeos”: um grande par de cornos, era o que significava! Nem precisava de dicionário de sinónimos ou tradução especializada. Gémeos… que duplo azar!

4 comentários:

minnie_doll disse...

Peço desculpa pela invasão... talvez não esteja a ser correcta mas enfim...
Já tinha ouvido falar desta linda história de amor mas nunca tinha tido a curiosidade de tentar saber mais... hoje, por um acaso, encontrei o seu blog e achei por bem deixar um comentário e um incentivo...
Acho esta história linda e se alguém necessita de provas que o amor verdadeiro existe aqui estão elas!
Bem sei que ainda sou nova e talvez ainda nem tenha vivido nem metade do que ainda tenho para viver mas ver histórias como esta deixam-me tão feliz...
Não vou demorar mais, aliás nem sequer queria ser chata, só queria dizer, para terminar, que lhe dou toda a força e desejo mesmo que encontre a sua Inês (pois bem o merece)...
Felicidades (e mais uma vez peço desculpa pela "invasão")!

Pedro disse...

Minnie_doll:

Não invades nada, pois o blog é público! Muito te agradeço, de resto, pelas palavras de conforto e incentivo.

Vai mantendo contacto.

Rui disse...

Achei muito linda a tua história, um pouco ao invés da minha… espero que encontres o que procures e que a tua Inês, não seja a minha Inês… se tiveres tempo passa pelo meu blog: http://mateiaines.blogspot.com/

Pedro disse...

Rui

Não creio que a minha seja a tua Inês. seria coincidência a mais, não? Histórias de amor são como as cerejas: puxa-se uma e vêm logo duas ou três atrás