Sei que fui belíssimo.
Nas minhas fraquezas existi.
Fui um grego veríssimo,
Um fresco de Boticelli,
Um suspiro de Camões,
Uma vontade em ser.
Concentrei numa todas as paixões,
Mordi a maçã e caí no abismo,
Solavei a terra como sismo.
Revirei, revolvi, tudo aos trambolhões!
Sobretudo fui, tentei ser,
Ousei sonhar alto sem desfalecer,
Sem perder a fé ou o ânimo,
Sem medos ou remorsos a roer.
Sei que fui belíssimo,
Fui um Ícaro nas asas dum amor,
Todo ele delírio e dor.
Fui um grego veríssimo
Nas fraquezas e nas forças.
Fui!
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