7/09/2010

yo me voy por España!

Bom... o grande combate simbólico entre nações está prestes a chegar ao fim e temos como derradeira peleja um inédito Espanha-Holanda. E como espanhóis somos todos (embora alguns sejam castelhanos...) como não apoiar a roja?
Laranja mecânica? Bah! Eu prefiro as tapas. E deixo-vos duas receitas para guarnição do jogo grande de domingo.
1ª parte:
Compram-se cogumelos de base larga. Retira-se o caule dos mesmos, pica-se, junta-se ao alho e ao chouriço também cortado aos pedaçinhos. Leva-se tudo a uma frigideira com o inevitável fio de azeite. Tempera-se a gosto (pitada de sal, piri-piri ou pimenta... gotas de limão para cortar a gordura do chouriço não é má ideia!). Depois de estar apurado, recheia-se a base (que ficou oca ) dos cogumelos e leva-se tudo ao forno.
2ª parte:
Na evocação da nossa ascendência mourisca, cortam-se courgettes às rodelas, temperam-se com sal e pimenta e levam-se a dourar numa frigideira com azeite. Quando estiverem douradas, colocam-se num tabuleiro e despeja-se em cima tomate (previamente, claro!) refogado com cebola, tudo muito picadinho, atenção! No topo acrescenta-se queijo ralado e leva-se tudo ao forno a gretinar.
Neste domingo, no jogo da bola não sei como vai ser, mas no que à gastronomia diz respeito, Espanha (o mediterrâneo) dá baile a qualquer Holanda.

3 comentários:

Luís Rocha disse...

Pois eu cá preferia ser basco(e vasco já sou), galego (também sou um pouco) ou catalão mas espanhol... com aquela bandeira monarco-franquista... nem pensar.

Pedro disse...

Olá, Luís!
Tudo bem?

Eu apenas escrevia que "espanhóis" somos todos na medida em que habitamos a península hispânica - Ibéria... Depois dentro dos povos da Hispânia - ou Espanha - existem catalães, portugueses, galegos, castelhanos... sem dúvida!

Um aparte sobre bandeiras: a simbologia da nossa também tem muito que se lhe diga: nela, por exemplo, a esfera armilar evoca o imperialismo marítimo português e a correspondente opressão de povos doutras latitudes.

Um abraço forte!

Luís Rocha disse...

Tens razão (eu colocaria uma estrela amarela no lugar daquela bola de trapos), mas a burguesia espanhola é actualmente das mais fascistas e rançosas de toda a Europa.

É o ódio que ela propaga contra todos os que lhe fazem frente o que divide os povos e não os legítimos anseios à independência de bascos, catalães e galegos.

Hoje há pessoas presas e cruelmente reprimidas por ostentar bandeiras diferentes desse trapo franquista. O poder espanhol não suporta que haja línguas, culturas e povos diferentes.

Não posso ficar indiferente a isso. Lembro-me sempre daquele poema do Brecht, se não nos preocupamos com a liberdade dos outros, acaba por chegar o dia em que nos roubam a nossa própria liberdade.

A prepotência autoritária desta Espanha - que nada, absolutamente nada, tem a ver com a República do passado - preocupa-me.

Mudando de assunto. Deixei por aqui um poema no teu post anterior, tou a ver se apanho jeito...

Um forte abraço!