4/04/2010

Marionetas do Horóscopo 18


Era esse o motivo de não existirem duas Virgens iguais, uma vez que certos planetas poderiam acentuar, outros desvanecer e alguns até contradizer, negando mesmo, as características básicas do Sol em Virgem em vários domínios da vida.

Toda essa energia representada era, por sua vez, desenvolvida numa certa direcção, apontando a via que escolhíamos para enfrentar a vida. Era aqui que entrava o signo Ascendente: aquele que ascendia a Oriente, no ponto do horizonte onde nasce o Sol. Seria como – imaginando – se o signo solar fosse o carro e o Ascendente a estrada a ser percorrida pelo bólide… Ou no meu caso, pelo “carocha”, porque isto de Virgens… já sabia o que é que a casa gastava!

Sendo o Zodíaco uma espécie de anel, de faixa circular celeste dividido em doze secções, isto é, em doze signos envolvendo a Terra, consoante a hora e a localização geográfica do nascimento… veríamos este ou aquele pedaço de céu erguendo-se a Levante e teríamos este ou aquele signo Ascendente e a consequente disposição planetária nos céus e nos Mapas Astrais. Se tivesse nascido na aurora do dia, por exemplo, o signo ascendendo a Oriente seria igualmente Virgem, onde o Sol se encontrava no meu desventurado Setembro.

Daria uma trabalheira decifrar todas as incógnitas da minha equação astrológica? Sem dúvida que deu mesmo: várias noites em claro, com os olhos postos nas estrelas e marrando sem cessar na minha Carta dos Céus! Levei algum tempo a compreende-la e custou-me a aceitá-la, verificando-a de todos os ângulos e de várias perspectivas até encontrar a sua “dominante”, isto é: o fecho da abóbada, o resultado final de todo o cálculo astrológico. Percorrido completamente o círculo cheguei ao ponto de partida. Não era de estranhar, pois objectivamente a minha vida era um beco sem saída.

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