E porque não dar um pulo até Nazaré?
Vila de pescadores, a hora e meia de Lisboa, este linda terra deve o seu nome à lenda que garante ter um monge, no séc. VIII, aportado alí com uma imagem da Virgem proveniente da Nazaré palestina - onde nasceu Jesus. Verdade ou mentira, o certo é que, ainda hoje, na anual festa religiosa da vila, a imagem da Virgem é transportada até às águas do mar - donde terá vindo...
A intensa religiosidade, própria da gente que vive da labuta no mar, encontra (grande) expressão em dois importantes templos cristãos: a Igreja de São Gião (declarada Monumento Nacional) que é uma das mais antigas igrejas em Portugal, discutindo-se ainda as suas origens entre o período visigótico ou já moçárabe; e o Santuário da Nossa Senhora da Nazaré, no alto dum morro dominando a vila, e onde se encontra uma pequena Virgem Negra esculpida em madeira - a tal que teria primeiro sobrevivido à iconoclastia bizantina e depois à invasão árabe da península.
Mas ainda que sejam locais de "visita obrigatória", a Nazaré que nos interessa não é a dos altares e capelas. Fundada numa primorosa baía, a vila é uma deliciosa estância balnear onde nos cruzamos (todavia!) com velhos pescadores e mulheres vestindo as famosas sete saias. Possuidora de extensos areais, a Nazaré é um sitio onde mar e céu se confundem no horizonte púrpura do poente quando, num dos seus muitos restaurantes panorâmicos e sob a fresca brisa, jantamos o peixe fresco capaz de satisfazer o mais exigente dos comensais. Sobretudo se "regado" com vinho verde. Já o alojamento é que não tem nada que saber: altaneiro e com uma vista extraordinária sobre a baía está o parque de campismo da Nazaré - escolha prática e económica.
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