9/03/2009

Fiz um filme em casa :
Chama-se "os Meninos do Maria Matos" e é um poema visual. Os versos são ilustrados por imagens. Versos e imagens contam um enredo provocador e polémico, é certo, mas imagens e texto são indissossiáveis, senão vejamos:

O Director Artístico do Maria Matos afirma-se ameaçado, não compreendendo o sentido figurativo que a palavra "arma" pode ter: "recurso" ou "poder". E eu tinha e tenho um recurso, uma arma que o 25 de Abril me deu: a arma da crítica. Tenho direito ao protesto e à liberdade de expressão.
Infelizmente, o sr. Director Artístico associou as "armas" do 25 de Abril - pois são essas imagens, essa informação visual que acompanha a informação escrita -, associou, portanto, as "armas" do 25 de Abril" à prática de sevícias, ofensas e coacções... Estranhas conclusões lhe inspira o 25 de Abril.
Ao trocar as imagens do 25 de Abril por imagens de casais Gay masculinos, o verso "tenho uma arma em casa" sugere que eu talvez possua um vibrador em casa ou tenha uma GRANDE PILA, podendo-se, pois, concluir que estava a convidar o sr. Director e os demais "Meninos do Maria Matos" para uma sodomização artística... curiosamente, esta última variação visual não levantou celeuma.

13 comentários:

Anónimo disse...

ó faustino. se tu próprio dizes que é provocador, se dizes que pode ter significados diferentes e interpretações múltiplas, não achas que estás, também tu, a exagerar?

Rui Fernandes disse...

Olá F.,

Ontem enviei-lhe um mail, para demonstrar o sentimento que mostro ao ver estes acontecimentos.
É degradante como os "Meninos do Maria Matos" trataram este assunto.
Sou bastante novo e percebi logo que as armas do 25 de abril de referia à liberdade de expressão, já que o 25 de Abril deu-nos a liberdade de nos exprimir, de nos libertar e acima de tudo, a criticar o que está mal.
Este caso, penso que é exagerado ir para os Tribunais, com o bom senso de ambos este assunto poderia estar encerrado. Fez bem em explicar ao senhor dr. do teatro o que pensou quando fez o video, agora é esperar uma resposta e que tudo se resolva no futuro.
Bem, mais nada tenho a acrescentar, a não ser, NÃO SE ESQUEÇA DA INÊS POR CAUSA DISTO :)

Abraço de um outro Rui

Pedro disse...

Anónimo:

Estarei a exagerar no quê?

Até ver, os meninos do Maria Matos apareceram publicamente como "criadores" de "pedro procura inês" e eu, por protestar, vou ser levado a julgamento. Não vejo o exagero que possa haver no meu alarme.


Rui:

O problema, aqui, é que bom senso é o que parece não existir no Maria Matos: apenas um desejo cego de vingança. É que tu repara: quando viram o vídeo, os "Meninos do Maria Matos" não se sentiram ameaçados, apenas gozados. e isso, é algo que não conseguem engolir.

Pedro disse...

E É CLARO QUE NÃO ME VOU ESQUECER DA INÊS POR ISTO!!!

Porém... ao invés de estar a gastar dinheiro para encontrá-la espalhando poesia pelas ruas, querem que gaste meu dinheiro em advogados... e ao invés de estar a imaginar versos de amor, tenho de pensar em argumentos de Defesa... Apenas por isto, Mr. Deputter: Parabéns!

Anónimo disse...

Então ó Faustinho, não eras rebelde? Não eras incómodo? Não andavas à procura dos meninos? Não lhes chamaste paneleiros? Então e agora não estás à altura? Agora invocas a consciência dos insultados? Que figura que tu fazes! És sempre o mesmo palhaço. Onde é que está o leão que ia partir aquela merda toda?

Petroni disse...

Fausto, tens que valorizar os aspectos positivos desta experiência...

Pedro disse...

Petroni:

Podes crer que, na próxima declaração de IRS, em vez de contabilizar "despesas judiciais", hei-de preencher "publicidade" com todo o guito que me levarem a gastar...

Pedro disse...

Anónimo:

Gente insulta sob o manto do anonimato é isso mesmo: anónima, covarde, pequena.

Anónimo disse...

(não era anónimo: assinei tó)

quando disse que estavas a exagerar era para te dizer que não podes culpar seja quem for por sentir ameaças reais nas tuas ameaças não-reais. porque tu mesmo dizes que foi "provocador". e também dizes que "pode ter significados diferentes e interpretações múltiplas". com essa dualidade, obviamente que estarias à espera de ser incorrectamente interpretado. estas são as tuas próprias palavras. não achas?

tenta fazer isso mesmo com o presidente da câmara ou o primeiro-ministro e vais ver como vais ser mal interpretado novamente. e tu sabes isso, pá. sempre vim aqui e aprecio a tua demanda, mas acho que esta novela foste tu que criaste e acho que tanto o maria matos e tu deviam esquecer esta confusão toda. mas... confusão que tu criaste.

Pedro disse...

Tó:

Esta confusão não fui eu que a criei. Foi o Maria Matos que gerou esta confusão quando:

a) Usurpou o título "Pedro procura Inês" para crismar uma peça que, segundo eles, nada tinha que ver com "pedro" ou "Inês".

b) Quando, por fruto dos meus protestos, resolveu apresentar-me uma queixa-crime.

Muito gostava eu de poder resolver esta situação a bem, mas sucede que essa não é a vontade do Maria Matos. Basta dizer que o sr. Deputter nunca aceitou conversar comigo antes ou depois do clip...

Sobre o carácter real ou irrela do filme... Este é um blog de poesia, lembram-se? Creio que o carácter ficcional do mesmo deveria ser evidente para todos.

Anónimo disse...

não será assim a melhor maneira de provares, então, que tens razão? se tens razão, nada deverás temer.

mas continuas a não assumir o que digo antes. tu próprio dizes que a mensagem pode não ser totalmente clara e até pode ter dupla interpretação. então... não foi isso que aconteceu. os mais atentos como nós perceberam, os mais distantes, como o depputer, não percebeu. agora resolve-se tudo, não?

Pedro disse...

Tó:

Fico à espera k o deputter queira resolver. Já escrevi ao Deputter

Anónimo disse...

teres apagado o que escreveste não alterou, para mim, o que pensas disto tudo. depois deste episódio acho que mudei um pouco o que pensava de ti. acho que te vi como um sonhador raro nos dias de hoje mas agora vejo-te como alguém que também tem algum rancor e ódio no coração. sim, como todos nós, é verdade. mas foi bom pensar o contrário durante alguns meses. bem-vindo ao mundo real - tu e eu.