12/24/2010
12/11/2010
Paintings at an exhibition
Vamos pintar uma aguarela
A duas mãos
E através de cores quentes,
sem esquecer nesga de mar,
Invocaremos exótica paisagem.
Mergulhemos lá para dentro!
Viajando pela tela,
Virando costas ao quadro do mundo,
Sigamos apenas tingindo
Os cenários que nos convenham.
Façamos-lo sem esboço prévio,
Estudos de sombras e luz
Ou cálculo de proporções...
E sem perspectiva também!
Bastam traços decididos
E pinceladas rápidas
Que esbatam, por técnica só nossa,
O pormenor mais miudinho:
Que o medo de falhar
Não te tolha o gesto largo!
Há sempre mata-borrão.
A duas mãos
E através de cores quentes,
sem esquecer nesga de mar,
Invocaremos exótica paisagem.
Mergulhemos lá para dentro!
Viajando pela tela,
Virando costas ao quadro do mundo,
Sigamos apenas tingindo
Os cenários que nos convenham.
Façamos-lo sem esboço prévio,
Estudos de sombras e luz
Ou cálculo de proporções...
E sem perspectiva também!
Bastam traços decididos
E pinceladas rápidas
Que esbatam, por técnica só nossa,
O pormenor mais miudinho:
Que o medo de falhar
Não te tolha o gesto largo!
Há sempre mata-borrão.
12/04/2010
Olhos que falam
Quando os teus olhos falam
Cessa o murmúrio do mundo...
E os meus logo se embalam
Sob transe assaz profundo.
Quando os teus olhos me fitam
Expressivos como os de ninguém...
Há mistérios que se agitam,
Calando-se os meus também.
E em hipnose emudecidos,
Por discurso tão loquaz,
Os meus olhos são rendidos
Por um só olhar fugaz.
Cessa o murmúrio do mundo...
E os meus logo se embalam
Sob transe assaz profundo.
Quando os teus olhos me fitam
Expressivos como os de ninguém...
Há mistérios que se agitam,
Calando-se os meus também.
E em hipnose emudecidos,
Por discurso tão loquaz,
Os meus olhos são rendidos
Por um só olhar fugaz.
11/27/2010
Uma mão-cheia de amor
Os teus dedos delicados
Como filigranas de corais...
Entre os meus, rendilhados,
Espelham a luz de mil vitrais.
E são a meta dos meus dias,
Qual uma enseada amena,
De mar sereno, praia morena,
As tuas meigas mãos esguias,
Fechadas em concha e afagadas
Pelas minhas enlevadas.
Como filigranas de corais...
Entre os meus, rendilhados,
Espelham a luz de mil vitrais.
E são a meta dos meus dias,
Qual uma enseada amena,
De mar sereno, praia morena,
As tuas meigas mãos esguias,
Fechadas em concha e afagadas
Pelas minhas enlevadas.
11/19/2010
A rapariga mais linda da esquerda radical
Lendo-te os olhos,
Escutando as palavras,
Vislumbrei a ceifa
Das futuras lavras.
Nem mesmo os teus modos,
Por vezes nervosos,
Traíam o Verbo
Com que tu aclamavas
A ansiada aurora
Que já despontava
Nesses combates
Que eram os nossos.
Escutando as palavras,
Vislumbrei a ceifa
Das futuras lavras.
Nem mesmo os teus modos,
Por vezes nervosos,
Traíam o Verbo
Com que tu aclamavas
A ansiada aurora
Que já despontava
Nesses combates
Que eram os nossos.
11/10/2010
Sonhos singelos
Atravessando geadas e estios,
Quero que um dia
As nossas mãos mirradas,
Entrelaçadas como ramos,
Sejam capazes de colher os frutos
Que dois corações germinaram.
Sim! Gostava que vingasse
Que o nosso amor ganhasse raízes,
Crescendo entre mimos e cuidados.
E tornando-se frondoso,
Pelos anos fora,
Florescessem dele rebentos
Aspirando o Céu.
Quero que um dia
As nossas mãos mirradas,
Entrelaçadas como ramos,
Sejam capazes de colher os frutos
Que dois corações germinaram.
Sim! Gostava que vingasse
Que o nosso amor ganhasse raízes,
Crescendo entre mimos e cuidados.
E tornando-se frondoso,
Pelos anos fora,
Florescessem dele rebentos
Aspirando o Céu.
9/26/2010
7/29/2010
7/28/2010
foram 3 os contos sem nós ou outros pontos
Inês ; Eu fui uma prostituta lírica ; Sete palavras mágicas
e algumas crónicas, efeitos especiais, buscas e outras quezílias
e algumas crónicas, efeitos especiais, buscas e outras quezílias
Deixei a meio a minha biografia astrológica... fica para um próximo karma!
Com o destino traçado, nada tenho a acrescentar: fiz o que tinha a fazer.
Mas não vale a pena chorar pelo leite derramado: se amanhã não estiver por aqui o mundo continuará na sua marcha sem sem tido e a tua vida seguirá sem mais.
Resolvi mimar-me e comprei uma passagem para Istambul
7/27/2010
Aceito: estou deprimido!
Pergunto-me o que será feito de ti? Onde estarás por estes dias? E com quem?...
Lembro-me dos Verões passados contigo e da brisa que nos acariciava a carne pelos fins de tarde em que das dunas, em Vila Praia de Âncora, saudavamos o poente e o arrastar dos dias. Lembro-me do cheiro dos limões e como os teus lindos olhos verdes com eles rivalizavam no tempero das coisas. Lembro-me demasiado de ti... Apetece-me fechar os olhos e não ter de pensar mais
Lembro-me dos Verões passados contigo e da brisa que nos acariciava a carne pelos fins de tarde em que das dunas, em Vila Praia de Âncora, saudavamos o poente e o arrastar dos dias. Lembro-me do cheiro dos limões e como os teus lindos olhos verdes com eles rivalizavam no tempero das coisas. Lembro-me demasiado de ti... Apetece-me fechar os olhos e não ter de pensar mais
7/26/2010
Não me apetece fazer nada!
Está demasiado calor para fazer seja o que for. E, claro! Confesso-te: duvido que te volte a ver. Já tiveste tanto tempo para sair das brumas, desejada Inês... e até hoje nada. Até sempre?
7/22/2010
Diz-me
Diz-me porque fiz isto.
Diz-me porque não resisto.
Diz-me porque me dispo
Com a fé dum Cristo
Pregando aos fiéis a oração,
E entrego-te, corpo e alma,
Nas tuas mãos, na tua palma,
O que resta da minha razão?…
Porque te escrevo e me escravizo?
Porque não jugulo a falta de juízo
Num colete-de-forças exilado
E serenado a sedativo?
Diz-me porque de ti sigo cativo,
dum sonhar transfigurado...
Dizes-me?
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